Category: Pesquisa



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Nove das dez cidades do Alto Tietê não conseguiram alcançar a meta prevista em 2009 de ter alunos com aprendizado adequado à sua série. As situações mais críticas estão entre os estudantes do 5º ano de português e do 9º ano de matemática do ensino fundamental. A constatação está no relatório divulgado pelo Movimento Todos pela Educação, que avalia cinco metas para a melhoria da qualidade da educação até 2029.

O aprendizado adequado conforme à série em que estudam está classificado como a meta 3 do estudo “De olho nas metas” e preocupa. De acordo com o levantamento baseado nos resultados da Prova Brasil e no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), no 5º ano de língua portuguesa, apenas Poá superou a meta prevista na rede municipal de 38,9% dos alunos com o ensino conforme a série em que estudam. É o segundo ano consecutivo que as crianças de ensino fundamental poaenses conseguem atingir a meta própria e os alunos conseguem notas acima de 200 pontos na Prova Brasil. Em 2007, quando foi feita a primeira prévia, as escolas da cidade atingiram 33,3%. A meta do movimento é que até 2029, pelo menos 70% dos alunos possam ter aprendizado dentro da conformidade. Se o município continuar neste ritmo, pode antecipar o alcance deste objetivo em 2021.

Outra cidade que vinha nesta mesma perspectiva de alcançar a meta 3 é Biritiba Mirim. Em 2007, 31,9% dos estudantes já tinham alcançado este objetivo, quando a marca prevista era de 30,6%. Em 2009, no entanto, o município não ultrapassou a casa dos 35%, quando a meta prevista era de 38,2%.

A situação mais crítica nesta categoria é de Itaquaquecetuba. Em 2005, quando iniciou este levantamento, a cidade tinha apenas 19,6% de alunos com aprendizado adequado à série. Isto fez com que o município fosse nivelado por baixo, para que gradualmente pudesse alcançar as metas previstas a cada dois anos. Mesmo assim, esta rede municipal sequer conseguiu alcançar os objetivos propostos. Em 2009, apenas 23,8% das crianças têm ensino apropriado, quando o previsto era que 29,1% tivesse alcançado esta marca.

Matemática
Se no 5º ano de português, Itaquá está em uma posição crítica, em matemática, a cidade vem se superando a cada levantamento. Apenas este município conseguiu bater sua própria meta e 4,8% dos alunos conseguiram alcançar mais de 300 pontos na Prova Brasil. É bem verdade que o percentual baixo indica que as escolas terão de se esforçar para alcançar os 70% propostos pelo Todos pela Educação. Mas ao levar em consideração que todas as outras cidades da região não alcançaram suas metas, isto indica que o esforço deve ser coletivo.

Análise
O que chama a atenção neste estudo é que há no geral uma situação padrão verificada no que diz respeito aos alunos terem o aprendizado correspondente a série em que estudam. No caso de matemática, até o 5º ano, a maioria consegue aprender as noções básicas de aritmética, que em geral é ensinado neste período. Já no último ano, quando entram operações mais fracionadas e que exigem mais capacidade de raciocínio, há uma deficiência. Já na língua portuguesa ocorre o inverso. Na sua maioria, os alunos já vêm com dificuldades que não foram sanadas quando da alfabetização e até o 5º ano isso se reflete na incapacidade de formulação de frases simples. Após este estágio, algumas escolas tentam corrigir estas falhas (aulas de reforço são um exemplo), e se apresentam no 9º ano com alguma evolução.


Conforme estudo encomendado pelo Governo do Estado ao Ibope, o consumo de álcool por adolescentes começa por volta dos 13, 14 anos, tornando-se mais frequente a partir dos 16 anos, quando os jovens passam a ir a casas noturnas, festas e até mesmo quando entram na faculdade. Além disso, a pesquisa aponta que eles preferem consumir bebidas alcoólicas de efeito mais rápido e com preços mais acessíveis.

No que se refere ao uso e dependência de álcool, a pesquisa mostra que a faixa etária que apresenta maior dependência é entre os 18 e 24 anos, seguida da dos 25 aos 34. E isso vale tanto para o sexo masculino, quanto para o feminino, o que leva a concluir-se que o consumo precoce do álcool por adolescente e crianças leva a tal situação.

Em contraponto, a pesquisa também revela que 66% dos adolescentes brasileiros afirmam não ingerir bebidas alcoólicas, enquanto 35% dizem consumir álcool pelo menos uma vez ao ano. As bebidas mais consumidas entre os pesquisados são cerveja, vinho e destilados. Aproximadamente metade das doses consumidas é de cerveja ou chopp.

No estado de São Paulo, o estudo revela que 18% dos adolescentes entre 12 e 17 anos bebe regularmente e que quatro entre dez menores compram livremente bebidas alcoólicas no comércio.

A pesquisa domiciliar foi realizada no estado de São Paulo com três públicos, em maio de 2011, entre eles: população com 18 anos ou mais, adolescentes de 12 a 17 anos e pais de adolescentes de 12 a 17 anos. Também foi realizada discussão em 14 grupos de pais e adolescentes, de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos, das classes A, B, C e D; e também com donos de bares, casas noturnas e quiosques de praia.

Fonte: Saúde em Pauta

Um levantamento feito pela Agência Atitude revela que 28% das escolas da rede municipal de ensino de Poá não têm banda larga. Os dados revelam o quanto ainda será preciso avançar em matéria de uso da tecnologia para que alunos e professores possam aproveitar dos benefícios oferecidos pela internet de alta velocidade. O programa federal “Banda Larga nas Escolas” (PBLE), lançado em 2008 tem como meta dotar as unidades escolares urbanas que vierem a surgir com esta tecnologia sem custos até 2025.

O percentual de 28% pode ser considerado alto se levado em consideração dois resultados recém obtidos pelo governo federal. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Educação (MEC) identificou que em todo o país, 91% das escolas públicas urbanas já dispunham de conexão gratuita à internet por meio do programa e  São Paulo é o estado com o maior número de instituições que já dispunham de banda larga: 7.099 unidades. A meta era que o projeto atendesse todas as 62.864 escolas brasileiras até o final deste ano.

Para chegar a este índice, o levantamento levou em consideração o Censo Escolar de 2011 para identificar as escolas que integram a rede municipal de ensino, sendo elas, creche, educação infantil e fundamental. Em Poá, a política educacional vigente padronizou os dois últimos níveis em apenas um: educação básica. Além disso, houve o cruzamento de dados do Relatório de Atendimento do PBLE feito pelo MEC e disponível no site do Ministério.

Lista
As escolas e creches que não têm conexão em alta velocidade são: Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Antonia Obesso Rosal e Débora Pereira, no Conjunto Alvorada, Emeb Arcelino Alexandre de Aquino, na Vila Áurea, Emeb Benfeitor Orlando da Costa Aliança, em Calmon Viana, Emeb Profª Carmem Silvia Marques Santos e Marcio Gomes, no Centro, Creche Profª Denise Jovelina de Oliveira Santos, na Vila Varela, Emeb Flavia Ganeo, no Jardim Amélia, Emeb Giovani Vitório Deliberato e Creche Mariana Gramani Leporace, na Vila Açoreana, Emeb Julia Monteiro Garcia, no Jardim América, Emeb Maria do Carmo Alves, na Vila Jaú, Emeb Neusa Gomes Pereira, no Jardim Nova Poá e Emeb Profª Thereza Felippe, no Jardim Medina. Para saber quais são as escolas que tem banda larga, basta acessar este link personalizado pela Agência Atitude. O MEC incluiu na listagem algumas unidades da rede estadual e que estão sendo municipalizadas. Para saber mais sobre o PBLE, clique aqui.

Outro lado
Procurado pela reportagem, a Secretaria Municipal de Educação informou em nota pela assessoria de imprensa que de fato estas escolas não contam com o Programa Banda Larga nas Escolas do governo federal e informou não saber o motivo, pois desconhece o funcionamento do programa. Questionado sobre quando estas unidades terão banda larga, a pasta afirmou que não sabe como o MEC seleciona as escolas para receber este benefício.

Alguns dados sobre a Educação em Itaquá ajudam a explicar esta defasagem em relação a outras cidades do entorno. A taxa de reprovação escolar entre os alunos do ensino fundamental é uma das mais significativas. Enquanto que no ano 2000 8,5% dos estudantes neste nível de escolaridade eram reprovados, agora em 2008 subiu para 9,3%. Apenas a título de comparação, Mogi das Cruzes tem 6,5% de taxa de reprovação no ensino fundamental.

O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que avalia as escolas estaduais e parte da rede municipal de ensino, mostra de maneira mais evidente a defasagem existente. Enquanto a média das notas obtidas no Saresp em Itaquá no ano passado foi de 217,4 no 9º ano do ensino fundamental em língua portuguesa, a média estadual foi de 240,3, uma diferença de 22,9 pontos. Em matemática, entre os alunos do 3º ano do ensino médio, às portas de deixarem a educação básica e ingressar em um curso superior, ou profissionalizante, Itaquá teve média 255,7, enquanto que o Estado teve média de 270,7, uma diferença de 15 pontos.


Itaquaquecetuba apresenta os piores níveis de escolaridade do Estado, segundo dados do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). A cidade ocupa a penúltima posição entre todos os 645 municípios avaliados em 2008. Atrás de Itaquá, somente está Potim, cidade de pouco mais de 19 mil habitantes, da região do Vale do Paraíba, que fica a 200 quilômetros de distância do Alto Tietê.

De acordo com a metodologia adotada pela Fundação Seade, órgão responsável pela elaboração do IPRS, Itaquá é uma das três cidades do Alto Tietê que pertencem ao grupo 4,  que possui baixo nível de riqueza e apresenta indicadores sociais insatisfatórios. As outras duas são Biritiba Mirim e Salesópolis. Enquanto que a média da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) no quesito escolaridade foi de 68, Itaquá obteve apenas 40.

O que acontece com a cidade é que o desenvolvimento educacional cresce, mas ainda de forma lenta. Para comprovar esta afirmação basta analisar que nos últimos nove anos, houve um crescimento de 53%, enquanto que toda a RMSP foi pouco mais de 58%. Vale lembrar que a Região Metropolitana não pode ser classificada como modelo a ser atingido, uma vez que ela ocupa a oitava posição de um total de 15 regiões analisadas. A região de São José do Rio Preto é um exemplo, pois desde 2000 tem níveis de escolaridade superiores a da média estadual, sendo que atualmente tem média 75 (na escala de 0 a 100).

A coluna “Por Dentro do Brasil” de hoje traz diversas notícias que foram publicadas na mídia impressa e que interferem diretamente a vida crianças, adolescentes e jovens. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desemprego entre as pessoas de 15 a 24 anos subiu de 14,4% para 15% em abril. Outra notícia que repercute é o fato da presidente Dilma Rousseff vetar a distribuição da cartilha anti-homofobia, que tem gerado polêmicas nas últimas semanas. E outro destaque também, da Gazeta do Povo-PR, é a constatação que existem quase 12 mil jovens entre 12 e 18 anos internados por conta de atos infracionais, medida que deveria ser usada em último recurso. Leia mais no rodapé deste blog.

A coluna “Por Dentro do Brasil” de hoje traz como destaque um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em que aponta que os grupos mais vulneráveis de acordo com a nova linha de miséria oficial do país é de crianças, indígenas e nordestinos. Leia mais aqui. Estas e outras notícias, no rodapé deste blog.